“A quem afrontaste e blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os teus olhos ao alto? Contra o Santo de Israel? Por meio de teus mensageiros, afrontaste o Senhor e disseste: Com a multidão de meus carros, subo eu ao alto dos montes; aos lados do Líbano, e cortarei os seus altos cedros e as suas mais formosas faias, e entrarei nas suas pousadas extremas, até no bosque do seu campo fértil” (2 Rs19.22,23).
Deus é o Todo-poderoso. É Ele quem determina a realização de todos os acontecimentos na face da Terra, pois é o Ser Determinante, e nós somos apenas os determinados. Quando deseja realizar algo, quem o poderá contrariá-lo? As dez tribos do Norte foram subjugadas pelos assírios, porque esta foi a determinação do Senhor, por causa de suas transgressões, e não pela sua impossibilidade de dar a vitória ao seu povo.
Salmaneser, rei da Assíria, teve toda a facilidade para conquistar os israelitas, habitantes do reino do Norte, por causa dos pecados que cometeram. Desde a separação das dez tribos, que escolheram Jeroboão como seu primeiro rei, e Oséias, o último monarca, o povo se entregou à idolatria e a todo o tipo de transgressão. Deus lhe concedeu várias oportunidades para se arrependerem, principalmente nos dias dos profetas Elias e Eliseu.
Senaqueribe, um dos sucessores de Salmaneser, julgou que seria muito mais fácil conquistar as duas tribos do Sul. Cercou Jerusalém e determinou que todos seus moradores se entregassem, pois nem seu rei e muito menos seu Deus poderiam livrá-los de suas mãos. Ezequias envia mensageiros ao profeta Isaías, para que clamasse ao Senhor, a fim de livrá-lo daquele opressor. O Todo-poderoso respondeu que a vitória já estava garantida.
Senaqueribe talvez tenha estabelecido o dia em que invadiria Jerusalém, e, naquela mesma noite, Deus enviou um de seus anjos, o qual matou todos seus 185 mil soldados. Este assírio ficou muito envergonhado, voltou para sua terra cabisbaixo, e, ao entrar no templo de Nisroque, seu deus, para saber o motivo de tão grande derrota, seus filhos Adrameleque e Sarezer o assassinaram, e, em seguida, fugiram para o monte Ararate.
O Deus de Ezequias é também nosso libertador. Não adianta alguém se levantar contra o povo eleito, pois jamais será bem-sucedido. Os terroristas do Hamás pensaram que seria fácil derrotar Israel, mas foram poderosamente rechaçados. O povo de Deus só será derrotado, se o Todo-poderoso permitir, a fim de castigá-lo, por causa de suas transgressões. Caso contrário, o Eterno possui chumbo grosso para todos os que se levantam contra seus escolhidos.
Pr. Antonio Mardonio
